Universo do Absurdo
Author: Pedro Emmanuel
No corre do dia-dia em São Paulo
não se pode dar mole, é claro, se você quiser preservar seu senso de identidade
e individualidade.
Veja só, Estava eu passeando pela
praça Roosevelt um dia desses, não me contentei com o que vi, um grupo de
marmanjos usando roupas largas e boné duelando em uma batalha de conceitos, um
dizia um conceito e o outro dizia outro conceito que superasse o primeiro. Foi
uma loucura eles chamavam aquilo de “répi”, tinham raciocínios rápidos e línguas
afiadas. Com tudo isso comecei a me questionar, entrei para esse grupo e logo
já estava duelando com eles, mas havia algo de errado, eu não era mais o mesmo,
não podia gostar de coisas que não eram relacionadas ao tal do “répi”. Ora
bolas, decidi sair desse grupo já que não posso ser eu mesmo.
E assim foi, experimentei os
góticos, os hippies, os hipsters e outras subculturas nada daquilo me
fazia sentido, até que chegou o dia que perdi minha identidade no universo,
perdi meu espaço, meu cantinho, e minha possibilidade de viver, não havia
sentido em viver. Estava como um estrangeiro perante o universo do absurdo.
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